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Paraty

Definitivamente, um fim de semana não é suficiente, principalmente quando tem algum festival acontecendo. Nessa minha última visita, acontecia a 13a. edição do PEF - Paraty em Foco, cujo objetivo é a fotografia. Portanto, com palestras, exposições e workshops rolando, não sobrou tempo para as praias, cachoeiras e passeios de barco, o que foi uma pena, pois foram belíssimos dias de fim inverno, com muito calor durante o dia e temperatura amena a noite. Mas como já fui outras vezes, recomendo passar um dia nas praias de Trindade (desde que não seja feriadão), pegar a rota das cachoeiras, esticando até Cunha e fazer um passeio de barco pelas ilhas.

 

Do Rio à Paraty são 240 Km pela BR-101, trecho chamado de Rio Santos, uma viagem que seria relaxante pelas lindas curvas e bela paisagem. Digo seria, pois com a quantidade absurda de "pardais" que multam a velocidades superiores em uma escala de 30 a 60 Km/h, raramente a 80 km/h, não há como  aproveitar a viagem, nem para aqueles que curtem dirigir, como eu. Mas fui bem e lá cheguei com três horas e meia. Na volta, o engarrafamento pós praia nas cidadezinhas estendeu meu tempo para cinco horas.

Paraty é considerada Patrimônio Histórico Nacional foi fundada em 1667 em torno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios (que atualmente é um museu de arte sacra), que é a padroeira da cidade. Seu porto teve grande importância devido aos engenhos de cana de açúcar (e aguardente) e pelo escoamento do ouro e pedras preciosas de Minas Gerais, que embarcavam para Portugal. Porém, com a construção de um novo caminho da Estrada Real, diretamente no Rio de Janeiro, a cidade foi sendo isolada. Na década de 70, com a construção da Rio-Santos, a cidade caiu nos encantos dos turistas pela conservação e belezas naturais da Mata Atlântica.

Paraty, que na língua tupi, significa "peixe de rio" ou "viveiro de peixes", era o nome que os índios guaianás davam ao local onde hoje se situa a cidade e é escrita com Y. Houve tentativa de escrita com I pelos acordos ortográficos, mas prevaleceu a vontade dos moradores.

Onde ficar: eu já fui algumas vezes à Paraty e sempre dou preferência a proximidade do Centro Histórico, por isso prefiro as pousadas da Avenida Otávio Gama, do outro lado do rio e próximas à ponte, principalmente pelo estacionamento. É claro que dependendo da época, temos que apelar para a relação custo x benefício. Vou mencionar as que conheci pessoalmente, independente  de quanto tempo faz.

Canoeiro - Na Beira-Rio, preço bem acessível, serviços nem tanto. Quartos sem manutenção, antigos, roupa de cama de poliester, toalhas finas como papel. Tv com único canal e ar condicionado moto-serra. Tem estacionamento e é bem pertinho da ponte, mas fuja dele.

Valhacouto - Próxima ao centro histórico, tem um estacionamento associado. Quartos antigos, com pouca iluminação. Café da manhã bom, mas muito mexido. Não gostei, tanto que não voltei.

Dom Angelo - A única que dou nota 10. Fui obrigada a tentar outras por estar esgotada. Os quartos são super agradáveis, decorados por cor, cheios de pessoalidade. Café da manhã excelente, estacionamento e pertinho da ponte. Super indico.

Pousada Missanga - Quartos pequenos, mas limpos e arrumados. Tratamento super impessoal. Café da manhã básico e longe do centro. Bom custo x benefício. 

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