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PORTUGAL

 

O destino não estava na minha "wish list", mas estava na da mamãe, sendo assim, abri mão da minha meta dos países latinos e fomos "prazoropa", fechando vinte dias entre Portugal e Espanha (que estará em detalhes em outra página). Apesar de não ser meu sonho de consumo, valeu pela oportunidade de conhecer um pouco o que é transporte público eficiente, organização, trânsito decente, respeito ao turista, etc. É claro que toda regra tem exceção e tive problemas com superfuramento de uma taxista espertinho, atendimento péssimo de garçom grosseiro em um dos mais indicados restaurantes de Lisboa e mala extraviada entre Sevilha e Porto, mas faz parte, no fim foram mais bônus que ônus. Essa viagem foi um pouco diferente, com minha mãe, não pude deixar as batidas de perna me dominar e parti para um roteiro mais organizado.

 

Chegamos em Lisboa às 7 da manhã de um domingo. Não rolou negociação no hotel para check in antecipado, então deixamos as malas no guarda-volumes e fomos fazer um reconhecimento da cidade.  Dei um viva ao mapa do Booking que proporcionou a escolha de um super bem localizado hotel com um excelente custo benefício. O Turim Suisso Atlantico, fica na Rua da Glória, na esquina do funicular de mesmo nome, rua paralela à Avenida da Liberdade, com o metrô na esquina e bem pertinho da Praça dos Restauradores, o que possibilita bater perna por todo o centro de Lisboa sem preocupação. Fechamos a estadia sem café da manhã, o que pode ser encarado como um desconforto, mas que para mim foi a oportunidade de sentir a rotina das manhãs lisboetas elegendo a Padaria A Portuguesa como nosso point (a verdade da exportação dos padeiros para o Brasil, pães dos deuses e o inesquecível croissant de amêndoas). Sem falar que troquei um café de 20 euros/pessoa por um de 4 euros.

 

Então, nessa manhã de reconhecimento, rodamos os seguintes pontos turísticos: Praça dos Restauradores, Praça do Rossio, Rua Augusta e seu belíssimo arco, Praça do Comércio e o famoso Rio Tejo, retornamos pela Praça da Figueira e pegamos um dos ônibus turísticos, o Yellow bus, com o roteiro Tagus Tur, que percorre a cidade até os mais famosos pontos. O ticket vale por todo o dia, por isso, fomos ao Mosteiro e retornamos ao hotel na hora do chech in para enfim descansar do voo. Pegamos o mesmo ônibus no fim da tarde para retornar à Torre de Belém. Não é uma opção muito barata, mas é uma boa para o primeiro dia, a fim de se ter uma ideia da cidade.

 

As férias foram dividas em quatro partes: Lisboa e arredores, uma semana no sul da Espanha, Porto e Arredores e o retorno à Lisboa, o que nos levou a repetir alguns pontos turísticos. Cometi erros no roteiro, deveria ter colocado o Algarve nos dias que precederam ao retorno ao Brasil, já que dois dias para Lisboa está de bom tamanho, mas faz parte... não há viagem 100% correta e por mais que haja planejamento, não dá para cumprir nos detalhes.

 

Para os arredores de Lisboa, optei por comprar pela internet, pacotes de agências locais. O custo benefício valeu a pena e ficou mais confortável para minha mãe. Há sempre perdas e ganhos nessas situações. Eu diria que o trabalho dos guias é uma boa opção para conhecermos a história local, mas confesso que o tempo cronometrado me irrita um pouco. Pela Inside Lisbon fiz os tours Fátima/Batalha/Nazaré/Óbidos e Sintra/Cascais/Estoril, excelente companhia, vans confortáveis e guias maravilhosos. Pela Cityrama fiz Évora, mas optaria por uma agência menor, já que esse roteiro é feito em ônibus com muitas pessoas, confuso e com perda de tempo na espera das pessoas. 

 

 

Fátima/Batalha/Nazaré/Óbidos

O ponto de encontro para saída do roteiro da Inside Lisbon é em frente ao Hard Rock Café, ou seja, descer a ladeira do hotel e atravessar a rua, menos de cinco minutos, mas levantamos mais cedo para bater ponto lá na Padaria A Portuguesa.

De Lisboa à Fátima são 130 Km, atravessando a região agrícola do Ribantejo. O santuário de Fátima, recebe cerca de cinco milhões de visitantes e peregrinos por ano e é emocionante de sentir o astral do lugar, poder visitar a famosa capela das aparições (o filme da Sessão da Tarde retorna à memória). A basílica estava fechada para obras, mas ainda assim foi lindo ver o sonho de mamãe se realizar.

A parada seguinte foi na Vila da Batalha para visitação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, datado do século XIV e patrimônio mundial da Unesco, seus arcos, vitrais e capelas são espetaculares. De lá seguimos para Nazaré, balneário praiano, onde paramos para almoçar. Última parada, Óbidos, uma vila medieval cercada por grandes muralhas que datam do século XIV. Adorei esse local, me senti no set de um filme medieval.

Ao retornar para Lisboa ainda deu tempo de passar para comprinhas na grande loja de departamentos El Corte Ingles e percorrer muito superficialmente os sete andares de tudo o que possa imaginar. Voltamos de metrô, comprando os tickets pelas muitas máquinas automáticas da estação. Tudo muito fácil. As estações são muito bem sinalizadas.

 

 

Évora

Para chegar à Évora, tomamos o rumo do Alentejo, passando pela Ponte Vasco da Gama e pelas muitas plantações de cortiça (que são exploradas somente de 7 em 7 anos).  Évora foi tomada aos mouros por Geraldo ''Sem pavor'' em 1166 e tornou-se durante a Idade Média uma das mais prósperas cidades do reino, principalmente durante a dinastia de Avis (1385-1580). Visitamos o Templo de Diana, construído no início do século I, dedicado à deusa da caça. Na igreja de São Francisco, visitamos a famosa Capela dos Ossos, cujas paredes são forradas com ossos humanos. Era o local de meditação sobre a morte para os monges. A catedral e suas torres são visitas obrigatórias. Da torre há  uma espetacular vista da cidade e dos campos ao redor. 

Antes de retornar à Lisboa, há uma visitação à Herdade do Esporão, grande e famosa produtora de vinhos e azeites, com direito à provas, passeio meio turistão. Falta uma visita às vinhas.

 

 

Sintra/Praia do Guincho/Cabo da Roca/Cascais/Estoril

Uma manhã muito chuvosa, que foi abrandando durante os 30Km de distância até Sintra, cidade onde a aristrocacia fugia no verão, pelo clima. O ápice é a visita ao Palácio de Pena, que fica sobre uma colina de 500 metros, a subida lembra demais as estradinhas do nosso Alto da Boa Vista. Do alto, temos a vista do Castelo dos Mouros.

O tempo para o almoço era curto e optamos por bater perna pelas lojinhas e parar na famosa Piriquita para comer umas panquecas e experimetar os famosos travesseiros de Sintra (não dá para pensar em dieta em Portugal!)

Depois do almoço seguimos para Cascais, parando no caminho pela Praia do Guincho (surf beach) e pelo Cabo da Roca (deslumbrante vista). Cascais é um balneário cheio de "casas-de-praia" que mais parecem palácios. Vale uma parada para um café. Voltando à Lisboa, fomos ao Chiado, para um café e umas comprinhas na H&M.

 

 

Porto

Chegada em Porto com muita chuva, com a mala extraviada e com uma vontade danada de dar uma descansada depois de muito bater perna no sul da Espanha. Mais uma vez a escolha do hotel foi perfeita: o Avenida Porto, localizado no quarto e quinto andares de um antigo prédio na Avenida dos Aliados, no coração de Porto, de frente à uma estação do metrô. Descemos para almoçar no Avenida Café (um espetacular bachalhau na nata). No fim da tarde, a chuva continuava e então fomos ao shopping que fica ao lado do Estádio do Dragão (Porto FC) pegar um cineminha. 

 

Nos dias seguintes, Porto foi o ponto de partida para as cidades ao redor., mas tiramos um dia para bater perna pela ruas, conhecer um pouco dos hábitos dos tripeiros e mesmo com o tempo nublado, aproveitar a cidade que guarda o coração de D. Pedro I (que em Portugal, chama-se D. Pedro IV) na Igreja da Lapa. Alguns locais ficaram de fora, por puro esquecimento de acompanhar o roteiro previamente estudado. Como havia feito  o tour de Braga pela Yellow Tours, ganhei um ticket para o ônibus turístico, que nos proporcionou inclusive conhecer o outro lado da cidade, com Matosinhos e Vila Nova de Cava. Para fechar o dia, fizemos o tour curto pelo Rio Douro.

O destaque do dia foi almoçar a famosa Francesinha no Café Santiago.

 

Todos os roteiros retornam ao Porto no fim da tarde, o que possibilita ir à Ribeira e aproveitar o pôr do sol em um dos muitos bares à beira do Rio Douro. Há uma movimentação enorme, com música ao vivo (muita música brasileira), artistas itinerantes, o maior climão de férias! Vale atravessar à Ponte D. Luis a pé para ver as luzes da Ribeira acendendo.

 

 

Guimarães e Braga

São as principais cidades do Minho. Guimarães foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO, por ser o local em que Portugal nasceu. Bater pernas pelas ruelas dentro das muralhas, visitar o Palácio do Duques de Bragança,  é voltar à era medieval.  A chuva nos pegou no meio do caminho e nos obrigou a almoçar com bastante calma em um restaurantezinho charmoso no Largo da Oliveira com o acompanhamento de duas garrafas de vinho verde. Um destaque especial para a Igreja de São Francisco de Assis.

Na parte da tarde, seguimos para a mais antiga capital religiosa de Portugal, Bracara Augusta, agora chamada de Braga. A Igreja de Sé é uma das mais belas de Portugal, assim como o Santuário do Bom Jesus.

Em Braga, há uma filial do famoso Café A Brasileira, cuja filial mais famosa, no Chiado havia me decepcionado, pela falta de educação dos seus garçons. Ao contrário, a dessa cidade é espetacular no atendimento e na localização. Vale uma parada para um Pastel de Nata e um cafézinho.

 

 

Aveiro e Coimbra

Aveiro é a cidade conhecida como a Veneza Portuguesa, pela Ria de Aveiro, que se estende pelos canais por toda a cidade. E há gondôlas, estas com pinturas coloridas e sempre com frases de duplo sentido. Há uma parada antes em uma charmosa vila de pescadores, chamada Vila Costa Nova, com suas casinhas listradas e coloridas. Fizemos esse tour com uma empresa local, a Clevertours, que merece uma nota 10 no atendimento e no conhecimento de história do guia, Joaquim Madeira.

Em Coimbra, almoçamos na filial do Café A Brasileira. Conhecemos a famosa Universidade de Coimbra, umas das mais antigas ainda em operação na Europa e no mundo. A sua história remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada no século XIII, em 1290, mais especificamente a 1 de março, quando foi assinado em Leiria, pelo Rei D. Dinis I.  No roteiro, passando pelo Rio Mondego, visitamos a Sé e o Convento de Santa Clara.

 

 

Santiago de Compostela

Eu posso imaginar como deve ser espetacular o caminho de Santiago em peregrinação, já que só em visitar a cidade, assistir à missa dos peregrinos e dar o abraço no santo já foi demais!!! E o fumacê?! Noooooossssa!!! Um espetáculo!!!! Não deixaram a tradição  do passado morrer. Na época diziam que aquele turíbulo enorme com aquele incenso todo era necessário para espantar o cheiro ruim que os peregrinos exalavam depois de semanas sem banho durante o caminho. Atualmente a estrurura é outra, com acampamentos e pousadas no meio do caminho que permite o asseio!!!

Fiz a viagem a partir de Porto em um bate e volta, sendo percorrido 230 Km em cada trecho. Não achei a viagem cansativa, apesar de achar que a cidade merecia mais tempo. A catedral, um belíssimo exemplar barroco, contém o túmulo de Santiago Maior, um dos apóstolos de Cristo (o filho do Trovão). 

No retorno, paramos em uma vila chamada Viana do Castelo, onde tem os melhores doces do mundo!!! Nos bares rolava um jogo do campeonato português em todas as TVs: Sporting x Porto. O português é apaixonado por futebol, eu diria tanto quanto os brasileiros.

 

 

Lisboa

O retorno à Lisboa transcorreu tranquilamente. Pelo site, eu já havia comprado a passagem pelo site da CPT, sem falar que eu estava hospedada há duas quadras da Estação de São Bento. Tudo funciona tão bem, sem atrasos, sem burocracia. Chegamos na Estaão Santa Apolônia em Lisboa e vinte minutos depois estavámos no hotel. Largamos as malas, pegamos uma chuva tremenda, que esperamos passar em companhia do maravilhoso vinho verde no Restaurante Sancho

 

Na parte da tarde, seguimos de metrô para o Parque das Nações e passamos duas horas no Oceanário. Facílimo usar o transporte público. Nas estações há máquinas para a compra ou reabastecimento dos cartões, super auto didatas. 

 

No dia seguinte, rodamos novamente pelo Centro, fomos ao Chiado, ao Castelo São Jorge, pelo Elétrico 28,  partindo da Praça da Figueira (compramos o cartão na Casa da Sorte, uma espécie de casa lotérica), descemos à pé pelas ruas do bairro Alfama e paramos na Catedral Sé. Enfim conseguimos ir ao Padrão dos Descobrimentos (o elevador estava com defeito e subi pelas escadas, que sufoco!!) e à Torre de Belém, com o Pôr do sol no Tejo, dessa vez pelo Elétrico 15, a partir da Praça do Comércio. Paramos para um café no famoso Pastéis de Belém (realmente inigualáveis). 

 

Sobrou um dia livre e fomos novamente à Fátima, fora de tour. Pegamos um taxi (o metrô estava em greve de 24 horas, se estivesse ok era só descer na Estação Jardim Zoológico) até a Estação Sete Rios, compramos as passagens e em uma hora estávamos em Fátima, cuja estação fica pertinho do Santuário. A visita fora do tour foi muito mais tranquila, com tempo para a missa, para comprinhas e para o almoço. No retorno, paramos no Zoo de Lisboa. Patético, animais tristes, mal tratados e com o ingresso caro demais. À noite subimos o funicular da Glória para ver Lisboa do alto dos Jardins de São Pedro de Alcantara.

 

Última manhã em Lisboa, fomos perambular pelas ruas do Chiado e aproveitamos para subir pelo famoso Elevador de Santa Justa.  Depois do almoço, de volta ao Brasil e à rotina. Já contanto os dias para as próximas férias.

 

O registro fotográfico vale mais que mil palavras, clique nos álbuns e viaje comigo.

 

 

 

 

Lisboa

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