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FERNANDO DE NORONHA (2010)

 

Viagem muito planejada, cuidadosamente orçada e maravilhosamente curtida. Tanto a passagem Rio x Natal x Rio quanto Natal x Noronha x Natal, foram compradas com seis meses de antecedência e com tarifas promocionais inferiores  em 30% da normal (os voos diretos são impagáveis). A hospedagem também paguei com um mês de antecedência, conseguindo assim dividir pagamento em duas vezes, ficando então apenas com o desembolso dos passeios que conforme planejado e pago uma semana antes, saiu com 15% de desconto. Em suma, de grão em grão, a galinha aqui economizou uma grana boa e essa economia pagou a TPA.

 

Vamos então começar com as dicas da TPA (Taxa de Preservação Ambiental), cobrada pelo Estado de Pernambuco para conservação da Ilha. A grana arrecadada parece ter realmente o objetivo disposto na teoria, porém concordo que não é barata, levando-se em consideração a quantidade de dias de permanência. Para adiantar, emiti as guias pela internet e recolhi ainda no Rio. O vôo da Trip foi excelente, apesar de amigos terem comentado que o avião era um teco-teco. Mentira. É um Embraer pequeno (hélices ao invés de turbinas), mas muito confortável e com uma tripulação ultra agradável, já o Aeroporto, provalvelmente não recebe parte da verba da TPA. 
Companhias aéreas:
Gol e Trip
Emissão antecipada da TPA: Site Oficial de Fernando de Noronha

 

Quanto à estadia, fiquei na Vila do Trinta, na Pousada da Ciça, muito bem cuidada pela Paulete e Maria, tem energia solar para os chuveiros, ar condicionado para aguentar as noites quentes, camas feitas ao chegar dos passeios e um café da manhã que superou (e muito) minhas expectativas (a tapioca doce é o que há!!). 

Os passeios foram feitos pela Central de passeios Noronha, melhor preço que encontrei e sinceramente, tinham me dado referências negativas, mas confiei no que seria melhor para meu bolso e não me arrependo. O Jean, responsável pela agência, não é o cara mais risonho do mundo, mas é MEGA educado, tem um ar de "misterious man". Em compensação, o guia deles, chamado Natal é um fofo: risonho, agradável, disponível e ainda serve de babá para as crianças (acabamos o apelidando de "multifuncional").

Não conseguimos passar por todos os cantos da ilha, mas os visitados foram imensamente aproveitados e entendo que nenhum deles possa ser descartado. Ficou de fora, o aquasub, muito recomendado, mas impossível de ser feito devido à entrada do suel que deixou o mar muito mexido. O tal suel é um fenômeno atípico de vento e mar correndo em sentidos opostos que gera ondas que podem chegar à 5 metros de altura. Nosso "suel" foi fraquinho, mas ainda assim nos impediu alguns passeios. Outra dica importante é fazer o Ilhatour no primeiro dia, pois tendo tempo livre há como escolher o que mais gostou para repetir. Nós repetimos a Baía do Sancho.

Saindo da praia, há duas trilhas rapidinhas (menos de 10 minutos): para o Mirante da Baía dos Porcos, também chamada de Mirante do "ai que lindo" (aquele cartão postal de Noronha, com os dois morros no fundo) e para o Mirante dos Golfinhos. 

 

O Mirante dos Golfinhos é aquele do famoso passeio da madruga, onde a idéia é levantarmos antes do nascer do dia para vê-los entrando na Baía (que usam para descansar e procriar). 

 

Bem... segui meu instinto de "férias=dormir mais um pouquinho" e fui lá por volta das 10:00. Sortuda como só eu: tinham só 463 golfinhos na Baía, de acordo com o biólogo de plantão.

 

A praia do Sancho está na baía de mesmo nome foi eleita a mais bela praia do Brasil. Concordo! Chegamos ao paraíso através de uma escadinha instalada na fenda da falésia (ainda bem que entrei no Vigilantes do Peso antes de ir, acho que se estivesse com 10 Kg a mais ficaria entalada).
É uma praia deserta, de águas transparentes e areia clarinha. No mergulho livre, muitos peixinhos e temos contatos com muitas aves e ainda  famosos animais locais: a mabuia (lagartixa praiana metida a esperta que, se dermos mole, entram na mochila), o mocó (que até agora não sei se é uma mini-capivara, um esquilo. um coelho ou uma mistura dos três. Gostei tanto dessa praia que estive nela por três vezes: no Ilha tour, por mar no passeio de barco e no último dia (aquele que tirei para curtir o ócio).

No mesmo Ilhatour, paramos no Museu dos Tubarões, onde viramos sereias (ou no meu caso baleia) em base para fotografia. Para os meninos, a base funciona como um trono de Poseidon - aquele mesmo dos livros do Rick Jordan, pai do personagem Percy Jackson. Há dois pontos de visita: o buraco da Raquel, formação rochosa que produziu algumas versões do apelido e também a praia Caieiras. Linda!!! Me lembrou demais as praias chilenas, pelas pedras vulcânicas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seguimos para a Praia do Sueste, cujo mergulho livre (máscara, snorkel e nadadeiras) nos proporcionou visualizar um monte de tartarugas, peixes e até mesmo um tubarão. Ver ascrianças se soltando na felicidade daquele mar, foi algo indescritível.

 

Para fechar o dia, o pôr do sol no Boldró é imperdível. Nossa sorte, foi conseguir no mesmo momento chuva e sol... aquele cheirinho de chuva na terra em Noronha é para guardar nas narinas para a vida toda!

 

Nos dias seguintes, ficamos à mercê do "suel" que entrou para mudar o visual das praias e nos impedir de entrar na água, no penúltimo dia conseguimos fazer o batismo de mergulho em Cagarras. Utilizamos a Noronha Divers e recomendo o instrutor Pablo, ultra calmo e agradável, além de um espetáculo para a visão!

 

Outra indicação é não deixar de participar das palestras que acontecem diariamente no Projeto Tamar a partir das 21:00, falam sobre a Ilha, mergulhos,, sobre o trabalho com as tartarugas e golfinhos, etc.

 

O ápice, na minha opinião, foi o mergulho livre no Atalaia. É a sensação de mergulhar nos cenários de Procurando Nemo!

 

Quanto a onde comer, há uma boa variedade de restaurantes e digo que são caros sim, mas não "impagáveis". Optei por não ir ao Zé Maria, pois estando em quatro, iria estourar o orçamento, mas só ouvi falar bem do local. Seguindo a onda das massas, indico a La Tratoria, no centro da Vila dos remédios, onde a pizza e a gentileza do italiano formam uma combinação perfeita e o Namoita, já próximo a Vila do Trinta, ainda na BR (preço mais agradável ainda). 

 

Para peixes, elegi o Varandas como meu preferido. Há uma salada de folhas verdes, manga, camarões e alho que me deixou apaixonada, além do peixe em si que é dos deuses. A caipirinha é servida em um balde e aproveitei pra mergulhar.

 

Normalmente, sobram horas no dia de chegada e saída da Ilha. No dia da chegada, uma caminhada na Vila dos Remédios e uma visita às praias próximas (Conceição e Cachorro) é uma boa pedida. No dia de sair, a boa opção é escolher o que mais gostou do Ilhatour e retornar. No meu caso, foi o Sancho sem medo de ser feliz.

 

É claro que em uma viagem, sempre há uma história interessante para contar. Na manhã que fomos à pé para a Praia do Cachorro, pegamos uma carona com um nativo que passave em um jipe. Era um coroa gato!!! O papo rolou solto e chegando ao destino, ele disse que pararia em casa para pegar um presentinho para nós. E eis que parou na casa paroquial... em suma, o coroa gato era um padre!!! Padre Glênio nos convidou para a missa de fim de tarde na capela de São Pedro, que fica no alto do morro de frente para o porto (vista de tirar o fôelego). Somente eu e minha mãe comparecemos ao convite e a missa se tornou um excelente bate-papo com um padre muito alto astral, cheio de sensibilidade e imbuído de Deus em cada palavra, finalizando com uma prece de agradecimento pelas boas oportunidades que Deus nos oferece e conhecer Fernando de Noronha, foi mais uma delas. Amém!

 

Clique aqui para conhececer o Padre Glênio, através de uma matéria do Jornal Nacional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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